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terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Espíritos - Extraido do livro "Resumo da Lei dos Fenômenos Espíritas"

Dos Espíritos


1. O Espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática, consiste nas relações que se podem estabelecer com os Espíritos; como filosofia, compreende todas as conseqüências morais que decorrem dessas relações.

2. Os Espíritos não são, como freqüentemente se imagina, seres à parte na criação; são as almas daqueles que viveram sobre a Terra ou em outros mundos. As almas ou Espíritos são, pois, uma única e mesma coisa; de onde se segue que quem crê na existência da alma crê, por isso mesmo, na dos Espíritos. Negar os Espíritos seria negar a alma.

3. Geralmente, se faz uma idéia muito falsa do estado dos Espíritos; eles não são, como alguns o crêem, seres vagos e indefinidos, nem chamas como os fogos fátuos, nem fantasmas como nos contos de assombração. São seres semelhantes a nós, tendo um corpo igual ao nosso, mas fluídico e invisível no estado normal.

4. Quando a alma está unida ao corpo, durante a vida, ela tem duplo envoltório: um pesado, grosseiro e destrutível, que é o corpo; outro fluídico, leve e indestrutível, chamado perispírito. O perispírito é o laço que une a alma e o corpo; é por seu intermédio que a alma faz o
corpo agir, e percebe as sensações experimentadas pelo corpo. A união da alma, do perispírito e do corpo material constitui o homem; a alma e o perispírito separados do corpo constituem o ser
chamado Espírito.

5. A morte é a destruição do envoltório corporal; a alma abandona esse envoltório como troca a roupa usada, ou como a borboleta deixa sua crisálida; mas conserva seu corpo fluídico ou perispírito.
A morte do corpo livra o Espírito do envoltório que o prendia à Terra e o fazia sofrer; uma vez livre desse fardo, não tem senão seu corpo etéreo que lhe permite percorrer o espaço e vencer as distâncias com a rapidez do pensamento.

6. Os Espíritos povoam o espaço; eles constituem o mundo invisível que nos rodeia, no meio do qual vivemos, e com o qual estamos, sem cessar, em contato.

7. Os Espíritos têm todas as percepções que tinham na Terra, mas num mais alto grau, porque suas faculdades não estão mais amortecidas pela matéria; têm sensações que nos são desconhecidas; vêem e ouvem coisas que nossos sentidos limitados não nos permitem nem ver
e nem ouvir. Para eles não há obscuridade, salvo para aqueles cuja punição é estar temporariamente nas trevas. Todos os nossos pensamentos repercutem neles, que os lêem como em um livro aberto; de sorte que aquilo que podemos ocultar a alguém vivo, não poderemos mais desde que seja um Espírito.

8. Os Espíritos conservam as afeições sérias que tiveram na Terra; eles se comprazem em voltar para junto daqueles que amaram, sobretudo, quando são atraídos por pensamentos e sentimentos afetuosos que lhes dirigem, ao passo que são indiferentes para com aqueles que não lhes têm senão a indiferença.

9. Uma idéia quase geral entre as pessoas que não conhecem o Espiritismo é crer que os Espíritos, somente porque estão livres da matéria, tudo devem saber e possuírem a soberana sabedoria. Aí está um erro grave.
Os Espíritos, não sendo senão as almas dos homens, não adquirem a perfeição deixando seu envoltório terrestre. O progresso do Espírito não se realiza senão com o tempo, e não é senão sucessivamente que ele se despoja de suas imperfeições, que adquire os conhecimentos
que lhe faltam. Seria tão ilógico admitir que o Espírito de um selvagem ou de um criminoso se torne, de repente, sábio e virtuoso, quanto seria contrário à justiça de Deus pensar que ele permanecesse perpetuamente na inferioridade.

ALLAN KARDEC • RESUMO DA LEI DOS FENÔMENOS ESPÍRITAS

domingo, 25 de janeiro de 2009

Prece de Cáritas

Deus, nosso Pai, que Sois todo poder e bondade, dai força àquele que passa pela provação, dai a luz àquele que procura a verdade, ponde no coração do homem a compaixão e a caridade.

Deus! Dai ao viajor a estrela guia, ao aflito a consolação, ao doente o repouso.

Pai! Dai ao culpado o arrependimento, ao espírito a verdade, à criança o guia, ao órfão o pai.

Senhor! Que Vossa bondade se estenda sobre tudo o que criastes.

Piedade, Senhor, para aqueles que não Vos conhecem; esperança para aqueles que sofrem. Que vossa bondade permita aos espíritos consoladores derramarem por toda parte a paz, a esperança e a fé.

Deus! Um raio, uma faisca do Vosso amor pode abrasar a Terra. Deixai-no beber nas fontes desta bondade fecunda e infinita, e todas as lágrimas secarão, todas as dores se acalmar-se-ão. Um só coração, um só pensamento, subirá até Vós, como um grito de reconhecimento e de amor. Como Moisés sobre a montanha, nós Vos esperamos com os braços abertos, Oh! Poder. Oh! Bondade . Oh! Beleza. Oh! Perfeição. E queremos de alguma sorte, alcançar Vossa misericórdia.

Deus! Dai-nos a força de ajudar o progresso a fim de subirmos até Vós; dai-nos a caridade pura; dai-nos a fé e a razão; dai-nos a simplicidade que fará de nossas almas o espelo onde se deve refletir Vosa imagem.

Cáritas
medium: W. Krell em 25/12/1873

sábado, 3 de janeiro de 2009

A imagem de Jesus

Em uma palestra espírita que fui recentemente, cujo tema principal era Jesus, o palestrante teceu comentários sobre o trecho do livro "Há 2000 anos...", psicografado por Francisco Cândido Xavier e de autoria de Emmanuel, relatando o encontro do Senador romano Públio Lentulus teve com Jesus Cristo e que descreveu, com detalhes não antes visto em outra obra espírita de meu conhecimento, a Sua fisionomia:
"...
Diante de seus olhos ansiosos, estacara personalidade inconfundível e única. Tratava-se de um homem ainda moço, que deixava transparecer nos olhos, profundamente misericordiosos, uma beleza suave e indefinível. Longos e sedosos cabelos molduravam-lhe o semblante compassivo, como se fossem fios castanhos, levemente dourados por luz desconhecida. Sorriso divino, revelando ao mesmo tempo bondade imensa e singular energia, irradiava da sua melancólica e majestosa figura uma fascinação irresistível.
..."


O livro relata a vida de Emmanuel, encarnado como o importante e orgulhoso senador romano Públio Lentulus, na época em que o Cristo veio ao mundo pregar o evangelho. E também a oportunidade que Emmanuel teve de se encontrar com Cristo e ouvir Dele a mensagem para a sua reforma necessária de vida e a prova de que a fé de sua esposa estava por curar completamente sua filha da doença terminal que se abatia sobre a mesma.

Vários outros documentos históricos relatam cartas e imagens que vão ao encontro do relatado no livro ("The Archko Volume", que contém documentos da corte oficial dos dias de Jesus; a imagem de Jesus Cristo gravado em uma esmeralda a pedido do imperador Tiberius Julius Caesar; a carta de Poncio Pilatos a Tiberius Ceasar, cujas cópias estão na biblioteca do congresso em Washington; ...)

Este livro me cativou desde a primeira vez que ouvi sobre sua sinopse, e decidi adiquri-lo quando, na semana seguinte à palestra mencionada neste texto de blog em uma visita a um centro espírita, o livro caiu de sua estante ao meus pés enquanto olhava aleatóriamente outros livros a mostra. É um livro cativante, empolgante e muito emocionante.

Referências:
1) Xavier, Francisco Cândido, "Há 2000 anos"
2) http://www.thenazareneway.com/likeness_of_our_saviour.htm
3) http://br.geocities.com/cepak2001br/cartadepubliolentulo.html
4) http://www.programamomentoscomjesus.com/Aprender%20-%20textos%20e%20testes/aprender_a_aparencia_de_jesus.htm